domingo, 27 de julho de 2014

O Monge e o Monte Nemo

Nota:
De costume não conto histórias
Prosas parecem não valer mais que bons versos
Sem estilo seguirei neste escrito,
um verdadeiro miloriano,
sem estilo e com assunto,
pagando de escritor astuto,
quando talvez sejam só lorotas.

O Monge e o Monte Nemo

O monge ali estava
Ao vagar pelo mundo cantava
“Lá ao longe há um monte
Nele há de se ter um motivo
Pelo qual a minha jornada poderei findar.
Enquanto lá não chegar
No meu passo estarei a caminhar.”

Tempestades e verões
Entoadas em lindas canções
De doce melodia disciplinada
Mantinham o monge na estrada.
Quando, como num ato do destino,
Ele se viu a desviar do caminho.
Encontrou num dos horizontes paisagens incríveis
Que o mantiveram em êxtase com suas maravilhas visíveis.
Nem havia percebido,
Mas o transformaram em nada mais que um iludido.

Esquecido da jornada,
Onde estava a estrada?
Até o musgo procurou,
Mas o grande monte ele não avistou.
A névoa era densa
E a vegetação ao redor estava suspensa.
Era o fim da viagem ao Monte Nemo.

Nemo era chamado
Porque de lá ninguém fora avistado.
O monge então sentado
Permaneceu angustiado
E começou a meditar.
Havia um ditado secular:
“Se o monge não vai ao monte
O monte vai ao monge”.
Ali estava algo em que confiar!
Porém, ao pensar bem
Refletiu e questionou ao ninguém:
“Porque o grande monte iria ao pequeno monge
Se este não tinha o propósito de lá chegar?”

Eis que ao longe
Uma tranquila voz responde:
“Meu pequeno monge
Feche os olhos e aponte o horizonte.
Respire fundo e limpe sua mente.
Quer então que o Grande Nemo te oriente?”

E o monge logo os olhos abriu
Foi quando ele descobriu
Que ao monte pertence o monge
E que sua fé tinha estado longe.
Foi pelas maravilhas visíveis que o destino mandou
Que da estrada ele se distanciou.
E para que pudesse voltar a ver
as aparências precisou esquecer.
Com o coração precisava enxergar
Para que na estrada voltasse a trilhar.

Ao Monte Nemo continuou a rumar
Até o seu bom destino encontrar.
Com belas canções continuou sua jornada,
Cada uma cantando um ponto da estrada,
e dessa vez sem esquecer a mensagem
Que o Grande Monte era a inteira viagem.

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